Ensino Médio em Tempo Integral: documento orientador

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ENSINO MÉDIO EM TEMPO INTEGRAL Documento Orientador

www.educacao.mg.gov.br Janeiro 2022

Governador do Estado de Minas Gerais

Romeu Zema Neto

Vice-governador do Estado de Minas Gerais

Paulo Eduardo Rocha Brant

Secretária de Estado de Educação

Julia Figueiredo Goytacaz Sant’Anna

Secretária Adjunta

Geniana Guimarães Faria

Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica

Izabella Cavalcante Martins

Superintendência de Políticas Pedagógicas

Esther Augusta Nunes Barbosa

Coordenação Geral do Ensino Médio Integral e Profissional

Flávia Paola Félix Meira

Coordenadora do Ensino Médio em Tempo Integral

Cláudia Maria Silva Lobo

Equipe Técnica

Frente Pedagógica

Denise Ingrid Araújo

Luciana Duarte da Cunha Peixoto Sinara Dias Machado Rocha

Frente de Compras

Márcia Maria da Silva Gerra Regina Maria Arantes Jerônimo

Frente   de   Gestão Jefferson Aparecido de Paiva Estagiárias / VETOR BRASIL Carolina Franco Guagliano Dandara Ananda Leal Laia

Prezados Educadores Mineiros

O Ensino Médio em Tempo Integral na rede estadual de Minas Gerais é hoje realidade em 601 escolas nas quais são ofertadas o ensino médio integral regular e ensino médio integral profissional.

Esta caminhada começou em agosto de 2017 com a implantação do horário integral em 49 escolas com um modelo pedagógico diferente do que se aplica hoje.

A implantação iniciada em 2017 atende a uma diretriz nacional inscrita no Plano Nacional de Educação.

Em 2019, pensando na melhoria contínua para a educação integral no estado, foi proposta uma mudança no modelo pedagógico que objetivava trazer mais consistência ao programa, bem como, criar uma matriz curricular que propiciasse a formação integral do jovem ancorada nos quatro pilares da educação e na educação interdimensional

Assim, o modelo pedagógico desenvolvido atualmente nas escolas de EMTI chegou a Minas Gerais através de uma parceria da SEE/MG com o Instituto de Corresponsabilidade pela Educação – ICE, que implementou a metodologia em vários estados brasileiros a partir de uma experiência muito bem sucedida iniciada no Ginásio Pernambucano de Recife.

A instituição de uma matriz curricular com atividades integradoras únicas, traz para as escolas de ensino médio em tempo integral de Minas Gerais a garantia de que todos os jovens estudantes mineiros, das mais diversas regiões, tenham a mesma vivência curricular tendo uma experiência de aprendizagem mais equitativa.

Para 2022, as mudanças propostas para o Novo Ensino Médio refletem pequenas alterações nas matrizes curriculares do EMTI regular e EMTI profissional, porém continuamos trabalhando com a carga horária de 9h/a diárias, somando 45 h/a semanais, divididas entre a formação geral básica (onde se contempla a BNCC) e os Itinerários Formativos (parte composta pelos Itinerários Formativos das áreas de conhecimento e do mundo do trabalho, Projeto de Vida, Eletivas, Pesquisa e Intervenção, Atividades Integradoras e os Componentes Curriculares dos Cursos Técnicos).

Este documento tem como objetivo, portanto, trazer as diretrizes básicas da operacionalização do modelo do EMTI e EMTI profissional nas escolas, “suleando ¨ assim o cotidiano destas escolas em Minas Gerais.

Equipe de Implantação do EMTI

SUMÁRIO

  1. Fundamentos básicos do modelo pedagógico e do modelo de gestão……………………… 5
  2. Princípios Educativos do Modelo……………………………………………………………… 6
  3. Práticas e Ações educativas…………………………………………………………………… 6
  4. TGE e CdG/EMTI………………………………………………………………………………. 8
    1. A equipe escolar atuando a partir da TGE……………………………………………….. 8
    1. Os Princípios de Gestão no EMTI………………………………………………………… 8
    1. Registros e relatórios…………………………………………………………………… 10
    1. Reuniões de Fluxo………………………………………………………………………. 10
    1. Os Guias de Aprendizagem…………………………………………………………….. 10
      1. Para os estudantes…………………………………………………………………… 10
      1. Para os professores………………………………………………………………….. 11
      1. Para os pais…………………………………………………………………………… 11
      1. Guia de Aprendizagem – como faz?…………………………………………………. 11
    1. Agendas Bimestrais…………………………………………………………………….. 12
    1. Plano de ação……………………………………………………………………………. 13
    1. Programa de Ação………………………………………………………………………. 14
  5. As atividades integradoras………………………………………………………………….. 15
    1. Projeto de Vida………………………………………………………………………….. 15
    1. Eletivas………………………………………………………………………………….. 15
    1. Nivelamento em Língua Portuguesa e Nivelamento em Matemática…………………. 17
    1. Práticas Experimentais…………………………………………………………………. 18
    1. Tutoria…………………………………………………………………………………… 18
    1. Estudos Orientados…………………………………………………………………….. 19
    1. Pesquisa Intervenção…………………………………………………………………… 20
  6. Papel do EEB no EMTI……………………………………………………………………….. 22
  7. Papel do Coordenador Geral do EMTI………………………………………………………. 22
  8. Papel do PCA no EMTI……………………………………………………………………….. 23
  9. Nas Reuniões de Fluxo………………………………………………………………………. 24
  10. EMTI PROFISSIONAL……………………………………………………………………… 24
  11. Organização do quadro de horário……………………………………………………….. 25
    1. Professor Coordenador Geral…………………………………………………………… 25
    1. Especialista em Educação Básica do EMTI…………………………………………….. 25
    1. Professor Coordenador de Área (PCA)…………………………………………………. 25
    1. Sobre a organização do quadro de horário para o Itinerário Formativo…………….. 26
      1. Projeto de Vida…………………………………………………………………….. 26
      1. Estudos Orientados para as turmas de 1º ano EMTI Regular (propedêutico)…….. 26
      1. Estudos Orientados nas turmas de 2º e 3º ano EMTI Regular (propedêutico) permanecerão            26
    1. Tutoria…………………………………………………………………………………… 27
      1. 1º Ano EMTI Regular – Serão 2 aulas, não devem ser geminadas…………………. 27
      1. EMTI Profissional – Com CH de 1h/a, sem ressalvas para a organização no QH…. 27
    1. Práticas Experimentais………………………………………………………………… 27
    1. Eletivas………………………………………………………………………………….. 27
    1. Nivelamento em Língua Portuguesa e Nivelamento em Matemática……………….. 28
    1. Pesquisa Intervenção………………………………………………………………….. 28
  12. Avaliação das atividades integradoras…………………………………………………… 28
  13. Orientações gerais sobre a organização das escolas de EMTI………………………….. 29
  14. Referência…………………………………………………………………………………. 30

1.      O   FUNDAMENTOS BÁSICOS DO MODELO PEDAGÓGICO E DO MODELO DE GESTÃO.

Programa de Ensino Médio em Tempo Integral de Minas Gerais tem o compromisso de promover a formação integral e a inclusão social dos adolescentes e jovens, propiciando-lhes  oportunidades  de desenvolvimento humano e de exercício efetivo da cidadania.

O Modelo Pedagógico da Escola da Escolha adotado

para o EMTI em Minas Gerais possui como centralidade o jovem e seu Projeto de Vida. Isso significa que todo o currículo, todos os processos pedagógicos e todas as ações da escola devem ser movimentados para garantir que o estudante tenha condições de concretizar seu Projeto de Vida e de se tornar um sujeito autônomo, solidário e competente.

A sustentação desse Modelo consiste em apresentar os modelos pedagógico e de gestão como estruturas indissociáveis, conforme suas especificidades. Assim, podemos considerar que se trata de um modelo pedagógico eficaz e um modelo de gestão comprometido com os resultados. A interdependência existente permite transformar a intenção educativa em ação efetiva.

O projeto escolar fundamenta-se nos Princípios Educativos do Modelo Escola da Escolha e é operacionalizado pelo currículo, cuja prática pedagógica se orienta por três Eixos Formativos: Formação Acadêmica de Excelência, Formação para a Vida e Formação de Competências para o Século XXI.

Toda a equipe e espaço escolar participam ativamente do processo educativo, do portão a sala de aula, passando por espaços de alimentação, biblioteca, etc.

Por fim, criar condições para a construção do Projeto de Vida dos estudantes envolve vários atores e deve considerar a perspectiva de uma formação que permitirá ao estudante desenvolver uma visão do seu próprio futuro, sendo capaz de transformá-la em realidade para atuar nas três dimensões da sua vida: pessoal, social e produtiva.

2.      Q   PRINCÍPIOS EDUCATIVOS DO MODELO

Quatro Pilares da Educação, a Educação Interdimensional e o Protagonismo. Eles devem orientar a postura, as atitudes e as

práticas educativas em alinhamento conceitual e filosófico com as bases teóricas sustentadoras do Programa.

É importante considerar que a ação educativa não se dá somente nas salas de aulas e

Pedagogia da Presença

  • É exercício ativo de atenção, de diálogo com intensa escuta do outro e de si próprio.
  • Estar próximo, com alegria, sem oprimir nem inibir; sabendo afastar-se no momento oportuno, encorajando a crescer e a agir com liberdade e responsabilidade.

Quatro Pilares da Educação

  • O seu conteúdo são as quatros aprendizagens consideradas fundamentais para que qualquer ser humano, em qualquer cultura, possa desenvolver o seu potencial – Aprender a ser, conviver, fazer e conhecer.

Educação Interdimensional

  • Trata-se de educar o estudante em todas as suas dimensões, para todos os aspectos da sua vida por meio de um modelo de educação e práticas educativas em sua concepção mais ampla.
  • Assegurar, através dos diversos processos pedagógicos, o desenvolvimento não apenas da dimensão cognitiva, mas da oferta de uma educação que transcenda o domínio da racionalidade (do logos) e incorpore os domínios da emoção (pathos), da corporeidade (eros) e da espiritualidade (mytho)

Protagonismo

  • O jovem é envolvido como solução, não como problema
  • Participação autêntica é quando ao agir o jovem pode influir, através de palavras e atos, nos acontecimentos que afetam a sua vida e a vida de todos aqueles em relação aos quais ele assumiu uma atitude de não-indiferença, uma atitude de valorização positiva.

Eixos Formativos

Dentro da metodologia a prática pedagógica é orientada por três eixos formativos, esses eixos orientam a prática na dimensão do currículo, áreas do conhecimento seus respectivos componentes curriculares e as atividades integradoras, são eles:

Formação Acadêmica de Excelência

Assegurar o pleno domínio por parte do estudante do conhecimento a ser desenvolvido do Ensino Fundamental à conclusão do Ensino Médio.

As atividades integradoras desempenham importante papel neste eixo, pois proporcionam enriquecimento, aprofundamento e diversificação do currículo.

Formação para a Vida

Objetiva ampliar as referências do estudante aos valores formados ao longo de sua vida, esse eixo cria condições para uma formação a qual o estudante constitui e amplia seu acervo de valores, conhecimentos e experiências.

Formação de competências para o século XXI

Orienta a prática pedagógica na formação de competências nas dimensões sociais, emocionais e produtivas e prepara os estudantes para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.

3.      PRÁTICAS E AÇÕES EDUCATIVAS

No caderno 8 – Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão – Rotinas e Práticas Educativas encontra-se como desenvolver essa Prática Educativa.

As Práticas Educativas são um conjunto de possibilidades a serem exploradas junto aos estudantes com o objetivo de

enriquecer o seu repertório e suas aprendizagens, considerando as várias dimensões da sua formação.

Devem ser asseguradas como recurso metodológico no âmbito dos componentes

curriculares e trabalhadas de acordo com o planejamento diário do professor, das possibilidades de exploração, interesse e motivação dos estudantes.

 Acolhimento inicial

O Acolhimento é uma Prática Educativa desenvolvida para apresentar os princípios e bases que fundamentam o Modelo Escola da Escolha, por isso “marco zero”.

As atividades são desenvolvidas de modo intencional para os diferentes públicos que compõem a comunidade escolar: os estudantes, a Equipe Escolar ou os Pais ou Responsáveis. É realizado no início do ano letivo.

Tem como objetivo sensibilizar os diferentes públicos, a que se destina, frente aos novos desafios de ver, sentir e cuidar do estudante a partir de novas perspectivas conceituais e práticas trazidas pelo Modelo da Escola da Escolha, sua metodologias e práticas do projeto escolar.

Nesse Acolhimento são desenvolvidas diversas atividades que geram como produtos os registros dos seus sonhos e expectativas em torno da sua realização.

É por meio da sistematização dos registros que a escola traça as suas principais metas de trabalho para o ano letivo, fazendo com que o projeto escolar esteja alinhado aos projetos de vida dos estudantes.

§   Acolhimento diário

É uma Prática Educativa executada diariamente junto aos estudantes de todas as turmas. O Acolhimento diário é a primeira oportunidade da escola começar a fazer sentido e de ser o lugar onde finalmente o estudante é reconhecido, visto, ouvido, respeitado e acolhido.

Ele é realizado como oportunidade para comunicar aos estudantes que são bem-vindos para aquele dia na escola, e o fazem por intermédio da troca de pequenos gestos, porém fundamentais.

Deve sempre considerar as especificidades dos adolescentes e jovens participantes, sempre zelando pelas formas de comunicação e possibilidade de interação que favoreçam ao grupo, sem deixar ninguém de fora.

No caderno 8 – Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão – Rotinas e Práticas Educativas encontra-se como desenvolver essa Prática Educativa.

§    Clubes de Protagonismo

O Clube de Protagonismo é um espaço destinado ao estudante. É organizado para atender áreas de interesse dos estudantes e, a partir delas, seus integrantes devem desenvolver atividades que proporcionem trocas de informações, de experiências relacionadas ou não à vida escolar.

O objetivo relevante é a formação do estudante Protagonista, pois a partir da vivência no Clube, o estudante desenvolverá e exercitará um conjunto de habilidades essenciais para a sua formação nos âmbitos da sua vida pessoal, social e produtiva.

Líderes de turmas

A eleição dos líderes de turmas seguirá a orientação já estabelecida pela SEE/MG.

4.      T   TGE E CDG/EMTI

Tecnologia de Gestão Educacional TGE é a arte de integrar tecnologias específicas e educar pessoas por meio de procedimentos simples e facilmente aplicáveis na rotina escolar.

É base para o compromisso da equipe com a integralidade das ações educativas. Parte de premissas em harmonia com princípios pedagógicos. Fortalece a liderança com ferramentas de gestão apropriadas ao ambiente escolar.

4.1  A EQUIPE ESCOLAR ATUANDO A PARTIR DA TGE…

Busca, de forma estruturada e alinhada, a melhoria contínua dos resultados, a serviço do Projeto de Vida dos estudantes.

A prática da TGE se materializa em instrumentos estratégicos e operacionais como o Plano de Ação, Programas de Ação, Agendas e PDCA.

A TGE também se ancora nos Princípios Educativos da Escola da Escolha.

  • O Protagonismo – jovem envolvido como solução e não como problema.
  • Os quatro Pilares da Educação – desenvolvimento das competências e habilidades.
  • A Pedagogia da Presença – sendo referência de toda ação pedagógica.
  • A Educação Interdimensional – considera outras dimensões e não apenas a cognitiva.

4.2  OS PRINCÍPIOS DE GESTÃO NO EMTI.

TGE – Educação pelo Trabalho, Comunicação, Ciclo Virtuoso. CdG – Corresponsabilização, Equidade, Inovação.

Considerando que o Ciclo de Melhoria Contínua é conceito e instrumento da TGE, o Modelo da Escola da Escolha reforça a necessidade das escolas estarem sempre buscando aprimorar seus processos e seus resultados para garantir uma educação melhor para os seus estudantes. Dessa maneira, é fundamental que a equipe escolar acompanhe os indicadores da escola especialmente os seguintes:

  • Número de Estudantes do EMTI, quinzenalmente;
    • Frequência dos Estudantes, diariamente;
    • Número de pais presentes em cada reunião;
    • Número de professores do EMTI e percentual formado;
    • Resultados das Avaliações Semanais, semanalmente;
    • Resultados do Nivelamento de Língua Portuguesa e Matemática;
    • Resultados Bimestrais;
    • Tabulação dos sonhos dos Estudantes;
    • Resultados dos Questionários Socioeconômicos aplicados e outros mais que acreditar ser importante para melhoria dos resultados de aprendizado dos seus estudantes.
    • Reforça-se que os dados devem ser retirados do SIMADE (quando disponíveis no sistema) e a escola deverá manter o sistema sempre atualizado.

4.3  REGISTROS E RELATÓRIOS

Valorizam o trabalho e os resultados conquistados pela equipe, além de serem matéria prima para o planejamento.

  • Todos os indicadores adotados devem ter responsáveis pela atualização dos registros.
  • Deve haver relatórios acessíveis a todos da equipe que evidenciem o monitoramento, análise e encaminhamento de ações.
  • Toda a reunião deve ter uma pauta com os objetivos e uma ata das conclusões, que pode ser formal, manuscrita em livro diário ou mesmo um e-mail, desde que resuma: pauta, participantes, tópicos discutidos, encaminhamentos, prazos e responsáveis.

4.4  REUNIÕES DE FLUXO

Este alinhamento é de importância essencial para que haja uma eficaz Delegação Planejada e um trabalho cooparticipativo, tendo como Centralidade da Escola o Jovem e seu Projeto de Vida.

Alinhamentos recomendados:

  • Equipe Gestora – Diretor, Vice-Diretor, Especialista Pedagógico e Coordenador (quando houver) – pauta mínima: gestão da Escola, resultados e decisões estratégicas;
  • Especialista Pedagógico com Professores de Projeto de Vida – pauta mínima: andamento das aulas de Projeto de Vida e alinhamentos;
  • Especialista Pedagógico com Professores de Estudos Orientados – pauta mínima: andamento dos Estudos Orientados e articulação com as demandas da BNCC;
  • Gestor com Líderes de Turma (Conselho de Líderes) – pauta mínima: demanda dos Líderes e encaminhamentos da Escola (decisões, soluções da Escola);
  • Gestor com Presidentes de Clubes de Protagonismo – pauta mínima: andamento dos Clubes.

4.5  OS GUIAS DE APRENDIZAGEM

São grandes aliados dos Professores, estudantes e pais/responsáveis. Não é um substituto do Plano de aula do professor. Não é um Planejamento anual.

4.5.1       PARA OS ESTUDANTES:

O estudante sabe previamente quais os conteúdos que ele estudará e aprenderá naquele bimestre, obtendo também a oportunidade de aprimorar seu conhecimento naquele conteúdo, por meio de dicas facilitadoras. Saberá como vai ser avaliado e terá um instrumento que o ajuda a desenvolver-se no autodidatismo.

4.5.2       PARA OS PROFESSORES:

Os Guias de Aprendizagem facilitam o planejamento das atividades e o monitoramento do Currículo Planejado x Dado X Aprendido.

Geram subsídios para a criação de estratégias interventivas do corpo docente, que apoiem o estudante em sua aprendizagem acadêmica.

4.5.3       PARA OS PAIS:

São instrumentos que informam o que o estudante aprenderá naquele bimestre, para que eles possam ter mais proximidade com a vida acadêmica de seu jovem.

4.5.4       GUIA DE APRENDIZAGEM – COMO FAZ?

  • Elaborados no início de cada período (bimestre ou trimestre) para cada componente curricular e por cada professor da BNCC;
  • Publicados nos murais de cada sala de aula;
  • Validados pelos Coordenadores, quando houver ou Especialista para as Escolas que não tem;
  • Orientados pelo Especialista e executados pelos professores;
  • Devem ser objetivos, claros, simples e práticos.
  • Orienta objetivamente o processo de ensino e de aprendizagem de cada componente curricular;
  • Indica as atividades de docência, as atividades de grupo e os estudos individuais;
  • Indica, sugere e orienta as atividades;
  • Aponta as fontes de referência e de pesquisa;
  • Sugere as atividades complementares, temas transversais e os valores a serem trabalhados no período.

Seleção e Aplicação das Atividades Complementares

  1. Apenas as que complementam os conteúdos, de forma clara e explícita.
  2. Devem ser incorporadas ao contexto do período (bimestre ou trimestre).

TIPOS:

  • CONSOLIDAÇÃO: atividades que acentuam a importância de temas ou conceitos tratados na aula.

R – REFORÇO: atividades que motivem e ajudem com melhor compreensão e aceitação do conteúdo.

  • AMPLIAÇÃO: atividades que por sua amplitude ou características não podem fazer parte diretamente da docência na sala de aula, mas que, pela sua importância e atualidade, devem ser conhecidas pelos jovens.

4.6  AGENDAS BIMESTRAIS

Propiciam transparência, compromisso e respeito aos compromissos e reuniões e educam pelo trabalho, inspirando os jovens que aprenderão a usar suas agendas com autorregulação. Além disso, colaboram no alinhamento de papéis e cumprimento do que foi planejado.

É um instrumento prático de gestão escolar. É alimentada pelas atividades e ações da Secretaria de Educação, bem como por aquelas específicas da Escola, sobretudo as que dizem respeito às inovações introduzidas pelo Programa de Educação Integral.

A Equipe Gestora e professores são os responsáveis por torná-la viva na escola. O Gestor é o responsável pelo monitoramento das atividades na escola.

A Agenda da Escola precisa ser articulada com a Agenda da SEE/MG deve ser amplamente divulgada na Escola, para todos os profissionais, estudantes e pais/responsáveis pelos estudantes em ambientes coletivos e pode ser também divulgada em ambientes online. De modo que isso traga transparência, compromisso e respeito aos momentos de reuniões.

Na Agenda deve conter as Reuniões de Fluxo apresentando dias e horários que ocorrem, os compromissos da Escola, tanto eventuais quanto de rotina. Cada profissional da Escola, desde

a Equipe Gestora aos Professores, deve ter sua Agenda individual articulada com os objetivos e metas da Escola e da Secretaria de Educação, com classificação de Urgente, Prioridade e Importante. Desse modo, educamos pelo trabalho, inspirando os jovens que aprenderão a usar suas agendas com autorregulação.

O que as escolas devem adicionar?

  • Reuniões de Fluxo
  • Reuniões com Pais/Responsáveis
  • Prazo para elaboração dos Guias de Aprendizagem
  • Ciclos de Acompanhamento Formativo
  • Reunião mensal dos Líderes de Turma com o Diretor
  • Reunião coletiva de toda a Equipe Escolar
  • Eventos da escola como Seminários, Feiras e Culminância de Projetos.

4.7  PLANO DE AÇÃO

O Plano de Ação da Escola é a materialização de um sonho coletivo, do Projeto de Vida de uma comunidade, no qual estudantes, educadores e gestores se utilizam da mesma linguagem e dos mesmos instrumentos para planejar, definir metas, gerenciar suas atividades e avaliar seus resultados. Cada escola de EMTI constrói um Plano de Ação a partir de orientações da Secretaria e a partir dele embasa seu trabalho ao longo do ano letivo.

Entre as 47 regionais existem duas especificidades para elaboração do Plano de Ação:

1. Em 12 regionais o Plano de Ação da escola será elaborado de acordo com o modelo Escola da Escolha (TGE). Nestas 12 regionais, todas as escolas do EMTI elaborarão o Plano de Ação em planilha Excel, conforme o Plano de Ação da Secretaria/EMTI. Nas outras 35 regionais o Plano de Ação é integrado (modelo Escola da Escolha e modelo Jovem de Futuro). Nelas todas as escolas elaborarão seu Plano de Ação através da plataforma SIGAE e seguindo as orientações dos protocolos do Modelo de Gestão no EMTI (CdG).

O Plano de Ação é construído a partir dos 3 objetivos estratégicos da SEE:

  1. Garantia dos Resultados de Aprendizagem;
  2. Redução da Desigualdades de Aprendizagem;
  3. Mitigação do Abandono

4.8  PROGRAMA DE AÇÃO

O Programa de Ação é uma ferramenta de diálogo constante, entre Gestor, Especialista e Educador proporcionando as bases para o surgimento de uma relação amparada no respeito e na confiança.

O Programa de Ação deve ser revisitado bimestralmente e não elaborado todo bimestre, é elaborado com base no Plano de Ação. De forma resumida, deve responder às seguintes perguntas: No que focar? O que fazer? O que medir e como medir?

O Programa de Ação se inicia, individualmente, porém, há uma sequência a ser seguida, conforme ordem abaixo. Isso para garantir que as ações estejam pedagogicamente alinhadas.

1º) Professores;

2º) Coordenadores de Área;

3º) Especialista do EMTI e/ou Coordenador EMTI; 4º) Vice-diretor;

5º) Gestor (a) Escolar.

Professor que   leciona   em   componente   da   BNCC   e

Atividade Integradora faz apenas um Programa de Ação, exceto professor de Projeto de Vida, que fará um Programa de Ação para essa Atividade Integradora e outro para o componente da BNCC caso lecionar concomitantemente na mesma turma.

PCA também faz um Programa de Ação para essa função e outro para o conteúdo que leciona.

5.      AS ATIVIDADES INTEGRADORAS

No caderno 7 – Inovações em conteúdo, método e gestão – Metodologias de Êxito encontra-se como desenvolver as Atividades Integradoras.

ão componentes curriculares (metodologias de êxito) da parte diversificada da matriz curricular que vão apoiar os componentes da BNCC.

5.1  PROJETO DE VIDA

O Projeto de Vida (PV) é a centralidade do Projeto Escolar, além de ocupar seu lugar como “Projeto de Vida é uma Metodologia de Êxito que objetiva despertar nos jovens os seus sonhos e ambições, o que desejam para as suas vidas e que pessoas pretendem ser, mobilizando-os a pensar nos mecanismos necessários para essa realização. É mais que reflexão sobre sonhos e planos. É sobre descobertas de potencialidades, de limites, de desejos. Não é um processo simples e nem rápido, mas uma grande tarefa a ser realizada, é o primeiro projeto para uma vida toda.” (ICE, Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão, 2019).

O Projeto de Vida (PV) é a centralidade do Projeto Escolar, além de ocupar seu lugar como componente curricular. A partir de 2022, Projeto de Vida é componente curricular obrigatório em todas as turmas de Ensino Médio.

A metodologia utilizada nas escolas de EMTI para o trabalho com o Projeto de Vida, será a metodologia prevista nas aulas estruturadas já planejadas e orientadas pelo parceiro da SEE/MG, o ICE. É importante que o conjunto de aulas sejam trabalhadas integralmente para garantir o êxito da metodologia.

Em caso de não efetivação das aulas é necessário que a escola sinalize de imediato à equipe da SRE para que reportem à SEE MG que, juntamente com o ICE, dará as recomendações necessárias para minimizar o impacto no percurso formativo em Projeto de Vida.

5.2  ELETIVAS

As Eletivas são componentes curriculares temáticos que contribuem para que o estudante desenvolva seu repertório e contribua para a construção de seu próprio currículo. As Eletivas têm abordagem interdisciplinar como forma de assegurar a formação da parte diversificada do currículo.

Para que servem as Eletivas? Enriquecer, ampliar e/ou diversificar temas, conteúdos ou áreas de conhecimento que componentes da BNCC não conseguem assegurar na plenitude no cotidiano escolar.

Para a correta execução das Eletivas seguem orientações:

  • Não há necessidade de criação de horários comuns entre as turmas.
  • As escolas deverão escolher o tema das Eletivas a serem ofertadas, no Catálogo de Eletivas, e observar a habilitação necessária para a atribuição das aulas.
  • É necessário observar com atenção as particularidades das turmas para a escolha dos temas, seguem orientações para cada segmento, respectivamente:

Para as turmas de 1° anos: Devem ser escolhidos dois temas – um para cada aula das Eletivas (Eletivas 1 e Eletivas 2) – que serão desenvolvidos concomitantemente no decorrer do ano letivo. Recomenda-se escolher temas de áreas diferentes.

Para a Eletiva do Itinerário Formativo Técnico, não há catálogo de escolha, o tema será definido a partir de discussões da equipe escolar e deverá contemplar os conteúdos específicos de cada curso técnico.

Nos 2º e 3º ano do EMTI Regular mantém a continuidade das matrizes curriculares. Um professor para trabalhar as 2 aulas das Eletivas durante o ano. A equipe escolar deve escolher, com base no Catálogo de Eletivas disponibilizado pela SEE/MG, dois temas para trabalhar durante o ano. Nesta situação os dois temas deverão ser escolhidos dentro da mesma Área do Conhecimento. Um tema será trabalhado no primeiro semestre e outro tema no segundo semestre.

Nos 2º e 3º ano do EMTI Profissional mantém a continuidade das matrizes curriculares. Um professor para trabalhar as 2 aulas de Eletivas durante o ano. A equipe escolar deve escolher, com base no Catálogo de Eletivas disponibilizado pela SEE/MG, dois temas para trabalhar durante o ano. Nesta situação os dois temas deverão ser escolhidos dentro da mesma Área do Conhecimento. Um tema será trabalhado no primeiro semestre e outro tema no segundo semestre.

5.3  NIVELAMENTO EM LÍNGUA PORTUGUESA E NIVELAMENTO EM MATEMÁTICA

O Nivelamento é uma ação que tem como finalidade o fortalecimento das aprendizagens e habilidades não consolidadas dos conteúdos dos anos anteriores dos componentes curriculares de Língua Portuguesa e Matemática, aos alunos que ingressarem no 1º ano do Ensino Médio em Tempo Integral Regular ou Ensino Médio em Tempo Integral Profissional, em 2022.

O Componente Curricular Nivelamento compõe a Área de Conhecimento da Unidade Curricular Atividades Integradoras, nos Itinerários Formativos, do Currículo do Novo Ensino Médio. Este componente será ministrado pelos professores de Língua Portuguesa e Matemática específicos para estas Atividades Integradoras.

Para apoiar os docentes no desenvolvimento e aplicação das atividades ofertadas aos alunos, os professores que atuam nas aulas de Nivelamento no ano de 2022, iniciarão ou darão continuidade ao curso Formação de Nivelamento, para conhecerem as Sequências Didáticas (SD), atividades aplicadas no decorrer das aulas deste componente curricular.

O Nivelamento será ofertado no 1º ano do Ensino Médio em Tempo Integral Regular e Ensino Médio em Tempo Integral Profissional. Para cada ensino haverá uma carga horária específica:

Ensino Médio em Tempo Integral Regular

Nivelamento de Língua Portuguesa e Matemática compreendem:

  • Aula semanal (A/S): 1 (uma)
  • Duração: 50 minutos;
  • Carga horária anual: 40 A/A- aulas anuais;
  • Horas Anuais: 33:20:00 H/A

Ensino Médio em Tempo Integral Profissional

  • Aula semanal (A/S): : 2 (duas)
  • Duração: 50 minutos;
  • Carga horária anual: 40 A/A- aulas anuais;
  • Horas Anuais: 66:40 H/A

Vale ressaltar que o componente curricular Nivelamento não terá avaliações de caráter de classificação e promoção do estudante. As avaliações serão processuais, contínuas e de

caráter formativo, para as duas modalidades de Ensino Médio em Tempo Integral Regular e Ensino Médio em Tempo Integral Profissional

5.4  PRÁTICAS EXPERIMENTAIS

As Práticas Experimentais são componentes curriculares das Atividades Integradoras do Currículo e Metodologia de Êxito do modelo Escola da Escolha.

Neste componente, os alunos terão a oportunidade de vivenciarem na prática os conteúdos teóricos e conceituais das aulas de matemática, Física, Química e Biologia, através de experimentos em laboratórios específicos das áreas da BNCC. Serão ofertadas duas (2) aulas semanais.

O professor de Práticas Experimentais deve cuidar para que no seu planejamento sejam contempladas atividades dos 3 componentes curriculares da área de Ciências da Natureza e da Matemática, sem predominância de um destes conteúdos especificamente.

5.5  TUTORIA

O componente curricular Tutoria tem CH específica para o EMTI profissional e as turmas dos 1° Anos do EMTI Regular.

Tutoria é um método para realizar uma interação pedagógica em que o Professor/Tutor acompanha e se comunica com os estudantes de forma sistemática. O Professor/Tutor avalia a eficiência de suas orientações de modo a resolver problemas que possam ocorrer durante o processo educativo, tendo em vista o desenvolvimento do Projeto de Vida de seus tutorandos.

Como autêntico apoio na construção do Projeto de Vida do estudante, cabe ao professor/Tutor auxiliá-lo a descobrir as direções que pretende seguir e fazer o necessário para concretizar suas intenções em cada etapa de seu desenvolvimento.

A Tutoria torna possível ao estudante ampliar a visão que ele tem de si mesmo, do mundo, das oportunidades, das estratégias e possibilidades para tomar em suas mãos o protagonismo da construção do projeto da sua própria vida.

A Tutoria pretende:

Auxiliar os jovens a desenvolver habilidades como: a criatividade, curiosidade, pensamento crítico, a capacidade de solucionar problemas, a atitude autocorretiva e de autorregulação, a

perseverança e a paciência, as habilidades de comunicação e o uso adequado da informação, a atitude colaborativa e a iniciativa, a capacidade de organização e compromisso com sua aprendizagem.

5.6  ESTUDOS ORIENTADOS

O professor de Estudos Orientados atua como mediador do processo de aprendizagem, desenvolvendo o autodidatismo. Nesse componente, os estudantes aprendem a estudar por meio de técnicas de estudo e do reconhecimento da importância de criar uma rotina na escola que contribua para a melhoria da aprendizagem.

Estudos Orientados nas turmas que iniciaram o EMTI 2021, permanecerão:

  • 2h/a de Estudos Orientados I (Avaliação Semanal);
  • 4h/a de desenvolvimento de estudos sendo uma 1h/a de Tutoria, que compõem os Estudos Orientados II.

Para as turmas iniciadas em 2022, a matriz curricular do EMTI traz uma mudança na estrutura da CH e organização deste componente curricular. Estudos Orientados I e II passa a ser um único componente curricular com 5h/a. O professor deste componente deverá organizar seu planejamento de modo que 3h/a sejam destinadas ao estudo autônomo dos conteúdos e 2h/a destinados a avaliação semanal.

Nas matrizes do EMTI profissional a carga horária de EO sofre variação sendo: 2h/a para estudos autônomos e 1h/a para as avaliações

PÓS-MÉDIO: UM MUNDO DE POSSIBILIDADES

O Pós-Médio será trabalhado para a finalização das matrizes iniciadas em 2020 e 2021.

Efetiva-se por meio de dois apoios importantes para os estudantes do terceiro ano: aulões para o ENEM é um conjunto de aulas denominado “Um Mundo de Possibilidades”, elucidado em material didático estruturado. Neste material há um conjunto de temas que apoiarão o material didático estruturado e o professor a desenvolver aulas a partir dos conteúdos indicados.

Um Mundo de Possibilidades é intercalado com os aulões do ENEM numa proporção de 1 aula

de “Um Mundo de Possibilidades” para cada 2 aulões para o ENEM ou 1 aula de “Um Mundo

de Possibilidades” para cada 3 aulões para o ENEM Para turmas de Ensino Técnico, o professor pode também explorar as diversas possibilidades de atuação dentro do curso, trazendo profissionais, visitando empresas, laboratórios, entre outros. (Caderno de Formação Metodologia de Êxito)

5.7  PESQUISA INTERVENÇÃO

O conteúdo Pesquisa e Intervenção compõe a matriz curricular do EMTI dentro dos Itinerários Formativos, trata-se de um componente que possibilitará a autonomia dos estudantes quanto a escolha dos temas a serem desenvolvidos em sala de aula.

Temas transversais, pertinentes ao contexto social dos estudantes devem ser fomentados a fim de suscitar o interesse pela discussão e pesquisa.

Professores das 4 áreas do conhecimento estão aptos a trabalharem com este componente curricular, que se desenvolverá a partir de uma escuta com os estudantes.

No primeiro dia de aula, o professor deverá estabelecer um diálogo com sua turma de forma a identificar os temas que são de interesse da turma, temas que são passíveis de discussão no ambiente escolar, na comunidade ou até mesmo temas mais amplos que envolvam a sociedade.

Apontados os temas, a turma deverá escolher dois temas, que serão trabalhados, um no primeiro semestre e outro no segundo semestre, o tema a ser trabalhado deve ser o tema que a maioria da turma decidir.

Partindo da escolha do tema, o professor deverá juntamente com seus estudantes elaborar dois projetos de pesquisa, um que será desenvolvido no primeiro semestre e outro que será desenvolvido no segundo semestre. Importante ressaltar que será necessário a motivação para que os estudantes desenvolvam um projeto de pesquisa baseado em critérios científicos, são eles:

  1. Escolha do tema
  2. Identificação do que já foi publicado
  3. Justificativa da escolha
  4. Formulação do problema
  5. Determinação dos objetivos
  6. Definição da Metodologia
  7. Coleta de dados
  • Organização dos dados
  • Análise e conclusão dos resultados

E em seguida para ampliação do trabalho e pensando na necessidade de educar para a participação social ativa e efetiva os estudantes deverão elaborar uma proposta de intervenção para o tema desenvolvido. Esta proposta deve ser amplamente discutida e sairá de uma construção coletiva, onde todos os estudantes da turma em debate construtivo deverão opinar.

Os resultados dos projetos deverão ser compartilhados com toda a comunidade escolar nos momentos de conclusão destes trabalhos.

O componente Pesquisa e Intervenção visa fomentar o protagonismo, o livre debate, a motivação para a participação cidadã efetiva, e o interesse pela pesquisa científica.

6.        OS   PAPEL DO EEB NO EMTI

Segundo a resolução do quadro de pessoal de 2022, as escolas de EMTI terão direito a um EEB além dos já previstos no comporta, Este especialista terá além de suas funções básicas de supervisão escolar, a função de:

  • Organizar pedagogicamente o cotidiano escolar – avaliação e encaminhamento da articulação entre BNCC e os componentes dos itinerários formativos.
  • Alinhamentos e encaminhamentos referente ao Estudos Orientados- EO (organização e alinhamentos das atividades e avaliações pertinentes a este componente)
  • Alinhamentos e encaminhamentos dos currículos de cada área do conhecimento junto aos PCA
  • Alinhamentos e encaminhamentos referente ao trabalho nas aulas de Projeto de Vida.
  • Promover e resguardar que as reuniões de fluxo aconteçam

7.      PAPEL DO COORDENADOR GERAL DO EMTI

O professor coordenador geral terá papel de suma relevância para o projeto escolar.

É dele o papel de guardião do modelo, o professor coordenador geral atuará de modo a orientar e garantir que o modelo pedagógico estará sendo cumprido pela equipe escolar.

O professor coordenador geral tem como atribuição proporcionar ações e estratégias que elevem o Projeto de Vida dos estudantes na centralidade do modelo.

Além destas ações, cabe ao professor coordenador:

Acompanhar, analisar e participar da tomada de decisão quanto aos processos de ensino com base nos resultados aferidos na Avaliação Semanal.

  • Informar aos PCAs sobre andamento das aulas de Projeto de Vida e capacidades desenvolvidas nas aulas, semana a semana, para sua potencialização nas aulas da Base.
  • Informar aos PCAs sobre andamento das Eletivas e quais competências, habilidades e conteúdos essas estão mobilizando que podem ser potencializadas nas aulas da Base no desenvolvimento do Currículo.
  • Informar aos PCAs sobre resultados das aulas de Estudos Orientados.
  • Alinhar com os PCA sobre as demandas para as aulas de Estudos Orientados.
  • Alinhar sobre estudantes que necessitam de maior atenção da tutoria no período.
  • Elaborar estratégias e ações com prazo certo para o movimento dos 3 Eixos em todas as aulas, do protagonismo do estudante e da prática dos Princípios Educativos.

O professor coordenador deverá ser indicado pelo diretor da escola e referendado pelo colegiado escolar, poderá ser professor de qualquer área de conhecimento que demonstre perfil de liderança e que seja preferencialmente um professor efetivo da escola.

8.      PAPEL DO PCA NO EMTI

O Professor Coordenador de Área tem como função monitorar o currículo na área e oferecer elementos para a articulação da BNCC com a Parte Diversificada do currículo, juntamente com os Especialista do EMTI, realizando um trabalho Interdisciplinar.

Para cada área de conhecimento haverá um (1) PCA:

  • Área de Ciências da Natureza;
  • Área de Ciências Humanas;
  • Área de Linguagens e Códigos;
  • Área de Matemática e suas Tecnologias.

9.      NAS REUNIÕES DE FLUXO

REUNIÕES DE FLUXO: OS ALINHAMENTOS NECESSÁRIOS

Serão realizadas reuniões periódicas com cada segmento do EMTI e EMTI Profissional de acordo com o fluxograma:

  • Professores com PCA – por área;
    • PCA com PCA;
    • Especialista com os PCAs;
    • Especialista com professor de Projeto de Vida;
    • Especialista com professor de Estudos Orientados/Tutores;
    • Diretor com Especialista e Vices;
    • Conselho de Líderes de Turma (Líderes com Líderes);
    • Diretor com Líderes de Turmas

10. EMTI PROFISSIONAL

A matriz curricular das turmas EMTI Profissional está também organizada em Itinerários Formativos, onde deverão ser organizados tempos e espaços formativos que possibilitem o conhecimento e compreensão das estruturas norteadoras do mundo do trabalho, assim como construir e desenvolver os saberes, as habilidades e as competências necessárias a participação estudantes nos espaços sociais produtivos.

A formação do estudante do EMTI profissional se dará de forma integrada orientada por uma educação interdimensional as competências para o mundo do trabalho. Para o exercício do curso técnico específico estarão aliadas aos princípios interdimensionais,

O EMTI profissional conta com 19 cursos, com matrizes curriculares que se diferenciam no eixo formativo específico para cada curso.

Os professores receberão orientação e formação voltadas a subsidiar a ação profissional cotidiana.

O acompanhamento dos processos de construção de conhecimentos e das aprendizagens deve ser feito com a utilização de diversos instrumentos de registro, individuais e coletivos.

Estes registros devem validar qualitativa e quantitativamente o processo de desenvolvimento e aprendizagem da turma e de cada um dos seus estudantes.

11. ORGANIZAÇÃO DO QUADRO DE HORÁRIO

No Ensino Médio em Tempo Integral, o horário das aulas deve ser integrado, de maneira que os componentes curriculares da Formação Geral Básica, Itinerários Formativos e da Formação Profissional, quando houver, devem estar mesclados entre as nove aulas diárias, nos períodos matutino e vespertino.

11.1  PROFESSOR COORDENADOR GERAL

Conforme orientado na Resolução de Quadro de Pessoal, N°. 4672/2021, o Professor Coordenador Geral deverá ser, preferencialmente, um professor efetivo e cumprir as 24 horas na função de Coordenador Geral do EMTI. Por uma conveniência pedagógica e melhor alinhamento do projeto escolar, este servidor deverá ter sua carga horária alternada entre os turnos matutino e vespertino. Orienta-se que o Professor Coordenador Geral e EEB do EMTI estejam pelo menos um dia da semana no mesmo turno, para que façam os alinhamentos necessários para o bom desenvolvimento das atividades escolares.

11.2  ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO BÁSICA DO EMTI

É um servidor que poderá ser contratado para além do comporta normal da escola e deverá alternar sua jornada de trabalho nos dois turnos e em pelo menos um dia da semana deverá trabalhar no mesmo horário do Professor Coordenador Geral.

11.3  PROFESSOR COORDENADOR DE ÁREA (PCA)

É o responsável pelo planejamento e condução das reuniões das Áreas de Conhecimento, obrigatoriamente, deverão ter pelo menos 2 horários sequenciados.

O Professor Coordenador de Área deverá ser, obrigatoriamente, um professor que atua no EMTI e habilitado na Área de Conhecimento da coordenação que pretende atuar.

ATENÇÃO: Quando a escola tiver apenas um único professor de Matemática, a equipe gestora deverá realizar a junção das coordenações de Matemática e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Sendo assim, esta área poderá ser coordenada pelo professor de Matemática ou por um professor das disciplinas da Área de Ciências da Natureza.

11.4  SOBRE A ORGANIZAÇÃO DO QUADRO DE HORÁRIO PARA O ITINERÁRIO FORMATIVO

11.4.1    PROJETO DE VIDA

Pode ser um cargo de até 16 horas/aulas. As aulas de Projeto de Vida devem ser geminadas(duas aulas seguidas e sem intervalos entre elas). É importante evitar os dias de maior incidência de feriados para que o currículo não seja prejudicado.

11.4.2    ESTUDOS ORIENTADOS PARA AS TURMAS DE 1º ANO EMTI REGULAR (PROPEDÊUTICO)

Poderá ocorrer em horários diferentes entre as turmas. A prática educativa de aplicação das avaliações semanais, que ocorrem em 2 (duas) das 5 (cinco) aulas semanais e organizadas de forma geminada, não necessita que ocorra no mesmo horário em todas as turmas.

11.4.3    ESTUDOS ORIENTADOS NAS TURMAS DE 2º E 3º ANO EMTI REGULAR (PROPEDÊUTICO) PERMANECERÃO

  • 2h/a de Estudos Orientados I – Avaliação Semanal sem necessidade de que ocorram no mesmo horário em todas as turmas.
  • 4h/a de desenvolvimento de estudos sendo uma 1h/a de Tutoria, que compõem os Estudos Orientados II.

11.5  TUTORIA

11.5.1      1º ANO EMTI REGULAR – SERÃO 2 AULAS, NÃO DEVEM SER GEMINADAS.

11.5.2    EMTI PROFISSIONAL – COM CH DE 1H/A, SEM RESSALVAS PARA A ORGANIZAÇÃO NO QH.

11.6  PRÁTICAS EXPERIMENTAIS

Serão ofertadas duas (2) aulas semanais que devem ser geminadas e sem intervalo entre elas.

Somente professores de Biologia, Física, Química e Matemática estão habilitados para lecionar esta Atividade Integradora.

11.7  ELETIVAS

Não há necessidade de criação de horários comuns entre as turmas.

As escolas deverão escolher o tema das Eletivas a serem ofertadas, no Catálogo de Eletivas disponibilizado pela SEE/MG, e observar a habilitação necessária para a atribuição das aulas.

É necessário observar previamente e com atenção as particularidades das turmas para se fazer a escolha dos temas, seguem orientações para cada segmento, respectivamente:

Para as turmas de 1° anos: Devem ser escolhidos dois temas – um para cada aula de Eletivas (Eletiva 1 e Eletiva 2) – que serão desenvolvidos concomitantemente no decorrer do ano letivo. Nesta situação serão dois professores distintos, portanto recomenda-se a escolha de temas de áreas diferentes.

Para a Eletiva do Itinerário Formativo Técnico, não há catálogo de escolha, a definição do tema será definido a partir de discussões da equipe escolar e deverá contemplar os conteúdos específicos de cada curso técnico.

Nos 2º e 3º ano do EMTI Regular mantém a continuidade das matrizes curriculares. Um professor para trabalhar as 2 aulas de Eletivas durante o ano. A equipe escolar deve escolher, com base no Catálogo de Eletivas disponibilizado pela SEE/MG, dois temas para trabalhar

durante o ano. Nesta situação os dois temas deverão ser escolhidos dentro da mesma Área do Conhecimento. Um tema será trabalhado no primeiro semestre e outro tema no segundo semestre.

Nos 2º e 3º ano do EMTI Profissional mantém a continuidade das matrizes curriculares. Um professor para trabalhar as 2 aulas de Eletivas durante o ano. A equipe escolar deve escolher, com base no Catálogo de Eletivas disponibilizado pela SEE/MG, dois temas para trabalhar durante o ano. Nesta situação os dois temas deverão ser escolhidos dentro da mesma Área do Conhecimento. Um tema será trabalhado no primeiro semestre e outro tema no segundo semestre.

11.8  NIVELAMENTO EM LÍNGUA PORTUGUESA E NIVELAMENTO EM MATEMÁTICA

O Nivelamento será ofertado no 1º ano do Ensino Médio em Tempo Integral Regular (propedêutico) e Ensino Médio em Tempo Integral Profissional. Poderão atuar como professores de Nivelamento de Língua Portuguesa e Matemática, professores habilitados nestas disciplinas respectivamente.

11.9  PESQUISA INTERVENÇÃO

Componente curricular do Itinerário Formativo e exclusivo da matriz curricular do Novo Ensino Médio -NEM EMTI. Trata-se de um componente que possibilitará a autonomia dos estudantes quanto à escolha dos temas a serem desenvolvidos em sala de aula. Temas transversais, pertinentes ao contexto social dos estudantes devem ser fomentados a fim de suscitar o interesse pela discussão e pesquisa. Professores das 4 Áreas do Conhecimento estão aptos a trabalharem com este componente curricular, e pode acontecer em qualquer horário que a escola achar conveniente.

12. AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES INTEGRADORAS

Tanto o Componente Pesquisa e Intervenção quanto os Componentes das Atividades Integradoras não possuem caráter de classificação e promoção, a avaliação desses componentes deve ser formativa, processual e contínua. Os professores devem observar o crescimento qualitativo dos estudantes frente aos objetivos das atividades integradoras.

Para efeito de registros no sistema os professores deverão lançar notas, porém, observando a necessidade de não registrar notas menores que as médias bimestrais.

13. ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE A ORGANIZAÇÃO DAS ESCOLAS DE EMTI

  • Sobre o horário de almoço: Tempo e espaço para desenvolvimento de atividades artísticas e culturais livremente desenvolvidas pelos estudantes mas fomentadas pela escola. Não haverá um servidor contratado com função específica para monitorar o horário do almoço;
  • Clubes de Protagonismo: Se organizam de forma autônoma com base nos interesses dos estudantes, o diretor da escola em parceria com o professor coordenador geral fazem a orientação para o bom andamento dos clubes;
  • As mudanças previstas para a implementação do NEM também alteram as matrizes curriculares do EMTI, sem portanto alterar a CH de 1500h/a, 45h/s e 9h
  • Por conveniência pedagógica no EMTI um professor não deve lecionar mais de 02 componentes curriculares dos Itinerários Formativos.

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